domingo, 27 de setembro de 2009

Avaliação da Audiência Pública-Cultura

Que eu me lembre, desde 2005 que não se reuniam os artistas com a Fundação Cultural.

A iniciativa partiu da Câmara Municipal através da Comissão de Educação e Cultura.
O Presidente da Comissão, Vereador Godoy, presidiu a audiência. A mesa foi composta pelo Presidente da FCU, Rodrigo Mateus, Antonio Carlos Marques, Diretor Cultural da FCU, e eu representando a ong TEU – Teatro Experimental de Uberaba.

Na plenária, dezenas de artistas de vários segmentos, diretores e grupo de trabalho da ONG TEU, Trupe Doom, Grupo Todo Um de Teatro, representantes de entidades culturais, Arquivo Público, e membros do Conselho Deliberativo da Fundação Cultural.
Em sua fala, Rodrigo Mateus fez um diagnóstico da Fundação Cultural, transparente e corajoso. A gestão cultural sem objetividade e metas, e a insatisfação e desconfiança da classe artística frente à instituição, foram alguns pontos levantados pelo gestor.
O item que deu margem à críticas da plenária foi sobre o “amadorismo” da classe artística, que obviamente não foi bem recebido pela grande maioria, na fala do Presidente da FCU.
O Diretor Cultural, Antonio Carlos disse do momento histórico que estávamos vivendo, onde uma nova relação da FCU com o segmento artístico se iniciava, endossando a fala do Presidente da instituição.
Os Vereadores Luis Dutra e José Severino, membros da Comissão de Educação e Cultura, deram boas vindas aos presentes, destacando a importância da participação popular e do empenho de todos os envolvidos na política cultural do município.
Em minha participação ressaltei a transparência do gestor em expor os problemas da Fundação às claras, sem ficar colocando a “sujeira debaixo do tapete”, coisa que os outros gestores acabaram fazendo, distanciando-se do segmento artístico, culminando na desativação do Conselho Deliberativo da FCU por praticamente 4 anos e do Conselho Municipal de Cultura há 2 anos, mostras do quão distante estava a instituição de sua função.
Lembrei que naquela data o Coral Cidade de Uberaba completava 17 anos de fundação, necessitando de maior apoio e incentivo aos seus participantes, para que no futuro possamos ter um Coral Municipal, um Corpo de Baile, uma Orquestra Sinfônica, velhos sonhos que sempre tivemos e não desistimos deles.
Convidei o segmento cultural para participar do Fórum Cultural Permanente criado pela ONG-TEU, através de seu blog e das reuniões semanais ordinárias na sede do Teatro Experimental de Uberaba, mobilizando e fortalecendo a categoria.

Encaminhei 4 documentos ao Presidente da Fundação e ao Presidente da Comissão de Educação e Cultura: 1- Propostas da ONG TEU, para a Política Cultural do Município. 2- Estudo e propostas para a Lei Caixeta. 3- Estudo e propostas para o Anteprojeto do Sistema Municipal de Cultura. 4- Estudo e propostas baseadas na Lei de Incentivo à Cultura e Fundo Municipal de Cultura de Uberlândia. Parte dessa documentação havia sido entregue à Câmara em outubro de 2008 e em reuniões anteriores convocadas pela Comissão de Educação e Cultura. A audiência em questão, é resultado desses encontros, amadurecendo propostas para uma nova política cultural, que praticamente não existia.
Propus também a criação de uma comissão ampliada para enviar oficio à UFTM solicitando a criação das Faculdades de Música, Artes Visuais, Artes Cênicas, Filosofia e Ciências Sociais.
A primeira Presidente do Conselho Municipal de Cultura e Conselheira Efetiva do TEU-ong, Professora Tânia Mara, fez uso da palavra, e destacou o Plano de Governo da Cultura, avaliando que praticamente 95% de suas propostas ficaram “guardadas na gaveta”. No entanto, disse depositar em Rodrigo Mateus, um voto de confiança e fé para que essa situação se modifique.

Vários temas como: Museus, Capoeira, Circo do Povo, Xadrex, utilização de espaços públicos para a cultura, audiências públicas itinerantes nos bairros, Ecad, Artes Visuais, Teatro, Música, Dança, Profissionalização dos artistas, entre outros, foram debatidos.
Em resposta aos questionamentos, Rodrigo Mateus disse que a partir da Conferência Municipal de Cultura, em outubro, com a implantação do Sistema Municipal de Cultura, uma política cultural planejada e participativa possa dar encaminhamento às reivindicações do segmento. “Trabalho, paciência e participação” é a receita para que “novos dias” possam vir, destacou.
Finalizando, quero aqui agradecer à Comissão de Educação e Cultura, assessores legislativos, cerimonial e TV Câmara, pela iniciativa e apoio à Audiência Pública sobre Cultura, e pelo convite em fazer parte da mesa diretora do evento, o que muito me honrou.
Aos artistas, agradeço a presença e apoio, pedindo desculpas se não pude contemplar a expectativa de todos.
Ao Presidente da Fundação Cultural, extensivo a toda sua equipe, agradeço pela transparência e disposição em implantar o Sistema Municipal de Cultura, que com certeza será um novo marco para a cultura de Uberaba.
Aos Conselheiros da Fundação, Marco Túlio Reis e André Azevedo, meu agradecimento pelo prestígio da presença e apoio ao evento.
À Imprensa local, especialmente ao Jornal da Manhã e Rádio JM pelo apoio.

Uberaba, 26 de setembro de 2009

Carlos Perez

p/ TEU-ong, Produtor Cultural
Professor do C.E.M. Renato Frateschi

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