domingo, 26 de dezembro de 2010

Ana Buarque de Hollanda assume Cultura no governo Dilma


Ana Buarque de Hollanda - Foto: Marcos Michael/Folhapress

Beatriz Abreu, da Agência Estado
BRASÍLIA - Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira, 20, a irmã do compositor Chico Buarque, Ana Buarque de Hollanda, para assumir a pasta da Cultura em seu governo. Ana foi diretora de Música da Fundação Nacional de Artes (Funarte).
Fonte:
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,ana-buarque-de-hollanda-assume-cultura-no-governo-dilma,656140,0.htm

ANA PAULA SOUSA

ENVIADA ESPECIAL AO RIO
(...)
NOVO RUMO
Depois de apresentar uma breve histórico de sua trajetória na política cultural e de reconhecer que, no governo Lula, o MinC avançou, Ana passou a responder às perguntas.
(...) Seu tom geral foi cuidadoso. Para cada questão, Ana tentava escolher as melhores palavras e dizia, o tempo todo, que precisa tomar pé da situação antes de definir o rumo de sua política.
Nas frestas da fala cautelosa ficou claro, porém, que haverá, sim, uma mudança de rumo no ministério que começou o governo Lula nas mãos de Gilberto Gil e terminou sob o comando de Juca Ferreira.
E essa mudança começará pelos dois principais cavalos de batalha de Ferreira: as reformas da lei Rouanet, já no Congresso, e da lei do direito autoral, cujo texto ainda está nas mãos do governo.
"É uma questão polêmica. Vamos ter que revê-la", admitiu, sobre o direito autoral. "Não podemos ser radicais. A chamada flexibilização do direito autoral já existe na prática. Um artista pode liberar suas músicas."
Ela também deixou em suspenso o destino da reforma da Lei Rouanet, que está em discussão no Congresso Nacional. "Já ouvi queixas raivosas contra a mudança e já ouvi elogios. Não vou buscar a lei no Congresso porque não tem como tirar, mas temos que acompanhá-la, e saber que emendas vamos defender."

EQUIPE
A nova ministra, que foi confirmada no cargo há dois dias, diz que ainda não teve de começar a formar sua equipe.
Mas fez elogios a Antonio Grassi _ um dos articuladores de seu nome junto ao PT _ e, ao encontro no BNDES, chegou acompanhada de Vitor Ortiz, que trabalha da Empresa Brasileira de Comunicações (EBC) e de Glauber Piva, um dos diretores da Agência Nacional de Cinema (Ancine).
Outro "ministeriável", o sociólogo Emir Sader, que chegou a ser cotado para o cargo, seria outra das figuras próximas a Ana neste momento.
"Também pretendo aproveitar os quadros atuais do ministério", disse, tentando desfazer a idéia de que haveria, agora, uma espécie de "higienização" da pasta.
DELICADEZA
Às inevitáveis perguntas sobre o irmão mais ilustre, Chico Buarque, Ana reservou um pedaço de sorriso, mas também uma cutucada.
"Já li nos jornais que minha escolha foi uma troca de gentilezas", disse. "Claro que não tem nada a ver. Não fui escolhida pelo meu irmão, mas por todo o trabalho que fiz nestes anos. A presidente sabia do meu trabalho na Funarte, da minha história."
Ana diz que Chico, como todos os irmãos, ficaram empolgados com a indicação e alvoroçados com a mudança. Ela é a sexta dos sete filhos de Sérgio Buarque de Hollanda e dona Maria Amélia.
"Vou ter que morar em Brasília!", diz ela que, apesar de nascida e criada em São Paulo, vive desde 2003 no Rio de Janeiro.
"Fui criada aqui e lá. Porque minha mãe é do Rio, meu pai era paulista...".
E aí foi inevitável a lembrança de que seu "avô era pernambucano, o seu bisavô mineiro e seu tataravô baiano", como cantou Chico Buarque.
"E é isso mesmo. É tudo verdade", diz ela, que também já é avó e tem, do irmão compositor, o mesmo sorriso marcante.
Fonte:

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