Foto: Arquivo Público de Uberaba
Recebi da família do Pratinha uma linda recordação por ocasião de missa em sua homenagem, com textos de Carlos Drummond de Andrade e do próprio Pratinha.
"Não importa onde você parou... Em que momento da vida você cansou... O que importa é que sempre é necessário recomeçar". (Carlos Drummond de Andrade)
"É preciso ter força para avançar e reencontrar o caminho proposto de uma viagem infinita, próximo aos companheiros, que libertam em sorriso, na cor azul de um céu. Arqueiro nos traços e nas flechas que reluzem em setas multicoloridas, que podemos chamar de Íris. Verdade na busca e na beleza, do imaginário que se encontra e sopra em palavras de libertação do amor. Nos cortes e linhas desenhadas pelos atos de companheirismo e do carinho indicados pelo amor amigo". (Pratinha).
Abaixo, matéria da Folha de São Paulo dedicada ao Pratinha.
17/12/2010 - 00h10
Jorge Henrique Prata Soares (1944-2010) - Pratinha e o Festival do Chapadão
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
No início da Era dos Festivais, em meados dos anos 60, Jorge Henrique Prata Soares mexeu seus pauzinhos para que a mineira Uberaba também tivesse seus shows. Em 1966, ele organizou o Festival do Chapadão.
Dedicado à MPB e realizado em cinemas, nos moldes dos famosos concursos da Excelsior e Record, o evento acabaria tendo oito edições, conta a mulher, Letícia.
Houve até uma reedição quando o festival fez 40 anos, só que sem o "brilho do primeiro", lembra a mulher.
Pratinha, como era conhecido, foi jornalista e chegou a ocupar o cargo de secretário de Turismo e Cultura de Uberaba, de 1971 a 1973.
Logo depois, dirigiu o Sindicato dos Jornalistas de Belo Horizonte até 1975, quando defendeu o registro para os profissionais que trabalhavam na área havia anos.
Passou por veículos mineiros e teve, nos anos 90, um jornal chamado "Uai", que era afixado dentro dos ônibus. Também foi dono de três bares, que tinham música ao vivo e lançamento de livros.
Nos últimos anos, dedicou-se a um livro sobre o bisavô, o dentista e fotógrafo José Severino Soares. Anos atrás, a família descobriu numa exposição do fotógrafo Marc Ferrez, no Instituto Moreira Salles, em SP, uma foto dos índios bororos idêntica a uma tirada por Severino.
Tanto a família como o instituto dizem ter o negativo da foto, mas até hoje sua autoria continua uma incógnita.
O livro ficou pronto, mas Pratinha não teve tempo de lançá-lo. Há seis meses, descobriu um câncer. Morreu no sábado, aos 66, deixando viúva, três filhas e seis netos.
Fonte: Folha de São Paulo online
2 comentários:
No céu, uma nova estrela,
com viola, seresta e festa...
Lá, Deus e a lua prateada
lhe nomearão vida honesta...
À sua camaradagem, nossa gratidão
Jorge Bichuetti
Pratinha fez ficar conhecida maria Boneca ,nas músicas do Chapadão,e também nos seus bares ouvia-se sempre um violão. Homem honesto soube levar emoção.
Ricardo Pirajuba
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